quarta-feira, 27 de julho de 2016

Acessibilidade no Moodle

     Para começar o conceito de ACESSIBILIDADE é muito amplo e faz referência à POSSIBILIDADE DE ACESSO a local físico ou a informação. A possibilidade de acesso pode variar conforme a capacidade física de cada indivíduo sendo necessária a criação de ALTERNATIVAS para se garantir o pleno acesso a todos, tanto em espaços físicos quanto virtuais. 

     Da mesma forma que uma escada pode representar uma BARREIRA que impede o acesso de um cadeirante a uma sala de aula, uma imagem sem descrição textual em um curso on-line pode impedir uma pessoa cega de compreender uma informação visual e também um vídeo sem libras ou legenda pode impedir uma pessoa surda de ter o entendimento completo do conteúdo audiovisual. 

     Antes de entrar na leitura das recomendações da W3C e do E-Gov é importante entender quais são as principais limitações, barreiras e alternativas de acesso para o caso de cada usuário. 

Cegos - limitação visual completa, a barreira é a incapacidade de interpretação de todo e qualquer elemento visual tais como imagens, animações e vídeos. Para utilizar computadores utilizam softwares leitor de tela que transformam texto e hipertexto em áudio utilizando um sistematizador de voz e a navegação é inteiramente feita utilizando o teclado. Necessita que imagens e vídeos apresentem descrição textual alternativa ou audiodescrição e a navegação é inteiramente realizada por teclado (ex.: tab e shift+tab) não pode depender do uso do mouse.
Baixa visão - limitação visual parcial, a barreira é a incapacidade de interpretar com nitidez elementos visuais como imagens, animações e vídeos. Para utilizar computadores precisam aumentar o tamanho e contraste dos elementos visuais. Necessitam que o site permita aumentar o tamanho de fontes e imagens e também aumentar o contraste pela mudança da cor de fundo. A baixa visão também é comum a pessoas idosas e com vista cansada.
Surdos - limitação auditiva completa, a barreira é a incapacidade de interpretação de elementos em áudio e audiovisuais. Para utilizar computadores necessitam que haja alternativas textual, tal como legenda, ou libras para os elementos auditivos.
Déficit auditivo - limitação auditiva parcial, a barreira é o volume do áudio sedo necessário dispositivo para controle de volume, equipamento headfone individual ou aparelho auditivo auricular.
Limitação motora -  a barreira mais comum é a incapacidade de utilização de mouse e teclados, sendo necessários outros hardwares que permitam o controle da navegação aproveitando o movimento dos pés, da cabeça, da boca e dos olhos. Normalmente esses hardwares utilizam sequência de navegação semelhantes aos do teclado.

      Ao construir um site ou um software é fundamental que se tome alguns cuidados para garantir que o CÓDIGO, a NAVEGAÇÃO  e o  CONTEÚDO sejam acessíveis para a maioria dos utilizadores, se for um site governamental ou com finalidade educacional as recomendações de acessibilidade tornam-se obrigatórias. As recomendações da W3C em português podem ajudar nessa tarefa (https://www.w3.org/Translations/WCAG20-pt-br). 

     Faz-se necessário destacar que para garantir ACESSIBILIDADE a um site não é necessário sacrificar nenhuma funcionalidade que se pretenda fazer, mas em alguns casos será necessário construir mais de uma forma de navegar e de apresentar uma uma determinada informação.

Vamos aqui comenta algumas das recomendações para construção do código do site minimamente acessível:

Conteúdo alternativo - a descrição textual de imagens, legendas, audiodescrição de vídeos/animações e texto alternativo são opções complementares para garantir máxima acessibilidade à informação. Mas é importante ao publicar o conteúdo no site que se realize o correto preenchimento do conteúdo alternativo, nas versões mais recentes do Moodle, por exemplo, o texto alternativo e título dos arquivos passaram a ser obrigatórios, mas é raro quem tem a preocupação de preencher corretamente esta informação.
Navegação disponível por teclado -  garantir a possibilidade de navegação via teclado é garantia da possibilidade de navegação por meio de software leitor de tela e também outros hardwares de navegação disponíveis no mercado. Ações dinâmicas que dependam dos eventos onmousclick e onmousouver são impossíveis de serem acessados via teclado, mas isso não impossibilita o seu uso desde que haja também outra forma de navegação também via teclado.
Fornecer opções simplificadas de navegação - a criação de atalhos de navegação com a utilização de ancoras e a disponibilização de um mapalink simplificado do site também podem facilitar a navegação.

     Por ser tão importante vale a pena aprofundar um pouco no diálogo sobre a DESCRIÇÃO TEXTUAL de imagens  e elementos gráficos como logos, botões, gif animado, ícones, smiles que representem algum significado necessário à compreensão da mensagem devem apresentar um texto alternativo que a descreva. É importante ter atenção na hora de fazer uma descrição textual, pois a mesma imagem pode ser descrita de formas diferentes a depender do contexto que a mensagem está inseria. Nó código a descrição textual é colocada dentro da tag IMG podendo ser inserida dentro do atributo TITLE ou ALT, mas se você estiver utilizando algum sistema como Moodle basta acrescentar a descrição no momento que fizer up-load da imagem que ela será incorporada ao conteúdo no momento da apresentação. Mas em alguns casos a descrição textual pode ser tão útil que pode ser inserida também como LEGENDA como nos exemplos à seguir:

Legenda 1: Carro fazendo uma curva

Legenda 2: Carro fazendo uma curva acentuada em pista molhada mostrando o limite de atrito dos pneus.

Legenda 3: Carro com faróis acesos em atenção à nova legislação de trânsito.

Legenda 4: Pista molhada em dia de treino de corrida automobilística.





     Caso tenha interesse em aprofundar na leitura sobre a construção de Ambientes Virtuais de Aprendizágem Acessível segue sugestão de algumas experiências para leitura complementar:


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